domingo, março 16, 2008

Eu vi “Não estou lá” (I’m not there)

by.Queiroz

A única coisa cinematográfica que vi até hoje que chega perto desse filme é o The Wall do Allan Parker, com a grande diferença que “O muro” é uma biografia de um músico que não existe, e o Não estou lá, é a biografia de um músico que realmente existe, apesar de no filme os nomes serem trocados. O filme tem um que de Hair, não sei. Difícil definir. Considero que a beleza do filme não seja achar nele os elementos reais, aquilo que coincide com o que foi real na vida de Dylan, mas sim se levar por aquela viagem regada a músicas dele. Salvo quando Jude Quinn (Cate Blanchett) aparece, aí fica impossível não reconhecer Dylan. O conflito com a imprensa, a mudança de viola para guitarra, o inconformismo dos fãs, em Dylan se despir do fardo de ser a “Voz de sua geração”, tudo está lá. Agora se você for ver o filme se informe antes, leia tudo sobre a vida do Bob. Para facilitar uma pequena orientação:



Woody Guthrie (Marcus Carl Franklin): Referencia ao cantor Woody Guthrie, o que tinha o violão com os dizeres “Esta máquina mata fascistas", em quem Bob Dylan se espelhava no início de sua carreira.



Jack Rollins (Christian Bale): O Dylan em início de carreira.
Discos: The freewheelin’Bob Dylan e The times they are a-changin
Músicas: Blowin’ in the wind, A hard rain’s a-gonna fall e It ain’t me babe






Robbie Clark (Heath Ledger): Uma citação aos momentos de intimidade entre Bob e Sara Dylan.







Jude Quinn (Cate Blanchett): O Dylan deixa de ser contestador e tocar violão, passa a tocar guitarra e ser contestado pelos antigos fãs, com o aval da imprensa.
Discos: Bringing it all back home, Blonde on blonde e Highway 61 revisited
Músicas: Like a Rolling Stone, Subterranean homesick blues e Mr. Tambourine man.





Arthur Rimbaud (Ben Whishaw): Uma incógnita para mim. Não sei dizer mesmo a função dele no filme. Salvo as regras que ele dita em certo momento.






Billy the Kid (Richard Gere): Uma forma poética de ver o “exílio” de Dylan.
Discos: Planet waves, Before the food, Desire e Blood on the tracks
A música: Hurricane










Pastor John (Christian Bale): Fase cristã de Dylan.
Discos: Slow train coming e Saved
A música: Knockin’ on heaven’s door




http://pt.wikipedia.org/wiki/Bob_Dylan

Para ouvir Bob Dylan, clique aqui

2 Comments:

Blogger Luma Rosa said...

O filme saiu, enfim!! Maior tempão que vejo falar em lançamento! Mas é lógico que vou assistir!
Arthur Rimbaud foi um poeta que parou de escrever com 20 anos e influenciou muita gente, inclusive aqui no Brasil, Vinícius de Morais. Ele influenciou também os beatniks e poetas do rock, como Bob Dylan. Um boêmio, que morreu no fim do século passado e que persiste as suas idéias até os dias de hoje. Genial! Procure saber!! Boa páscoa! Beijus

6:51 PM  
Anonymous Anônimo said...

Realmente faz sentido. Se visto como uma influência a ex.do Woody, não foi a toa. E Renato Russo já dizia em Eduardo e Mônica: "Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
de Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô".

Beijos Luma

12:16 PM  

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