Justificando Jack White
Jack White só tem 35 anos de idade e 13 de carreira, e já tocou com Pete Townshend em um programa de Tv, foi convidado para tocar com os Rolling Stones em um filme de Martin Scorsese e também em A todo volume com Jimi Page. O que tem de tão especial com o garoto branquelo de Detroit? Como uma espécie de arqueólogo do rock n roll Jack vai espanando a poeira de suas vitrolas e com suas guitarras por vezes customizadas, busca aquele som de antigamente. Jack já trabalhou com 3 bandas White Stripes, Raconteurs e Dead Weather, sendo a segunda a mais consistente, aquela que Jack demonstra o quão criativo pode ser, e como suas influencias Led Zeppelin, The Who, e outras que só o ouvido mais apurado pode identificar. E não se trata só de vontade de querer ser, pois Jack com ajuda de seus músicos consegue alcançar esse som antigo, e por sua vez sua voz consegue lembrar Robert Plant, conseguindo assim pegar aquela chave no fundo da piscina. Jack White não é abusado como os grandes: John Lennon, Bob Dylan, Zappa..., muito pelo contrário, tem cara de inofensivo, um jeitão introvertido, mas não há de se duvidar que Jack White não seja ousado em sua eterna busca por aquele som, e lembrando de bandas com essa verve saudosista até penso o que seria do Black Crowes se tivesse conseguido nos anos 90, o mesmo apreço pelo grande público que os projetos de Jack White consegue nos anos 2.000. O problema da estória, talvez seja de que em todos os seus projetos, Jack ainda não convença como fonte, mas sim como um pesquisador, um cientista louco talvez, um Tesla da vida que sempre está a procura de uma nova informação sobre algo bem antigo, no caso do seu objeto de estudo o Rock n Roll. E por vencer as viúvas de Kurt do final da década passada, os salvadores do Rock que aparecem toda semana e a Emorróida(sic) que mancha o mainstream hoje em dia, e por ser o cara mais ousado e talentoso artista do rock nos dias atuais, tem na minha lista o seu justo lugar entre as 13 Maiores Personalidades do Rock, por reapresentar o verdadeiro Rock n Roll a essa nova geração, conquistado a posição de artista respeitado pelos Grandes e comercialmente viável tomando as liberdades que quer e abraçando o projeto que lhe vem a telha. Um dia você acha o seu som Jack, estamos esperando. P.S. A pior coisa do White Stripes era aquela discussão sobre ser ou não Jack e Meg um casal, e a Meg ser O pior baterista do mundo, digo O e não A, por não ser ser uma questão de sexo, mas de talento mesmo.
4 Comments:
O primeiro disco dos Raconteurs não saia do meu aparelho de som. Trabalho quase perfeito. O segundo não achei tão interessante. Mas concordo que essa banda é o projeto mais bacana do Jack White.
Do segundo disco gosto muito da música These stones will shout, que começa no estilo Led Zeppelin III, bem viola, e no climax: "Speak to me, don't speak softly...", lembra o climax de Baba O' Riley do The Who, é muito legal, saber o quão as influencias de Jack White e sua turma são visíveis. =)
A minha única preocupação em relação ao trabalho de Jack White é exatamente essa coisa dele ficar pulando de projeto para projeto sem nunca se conformar, e White Stripes, Raconteurs e o agora Dead Weather se tornarem only past.
Valeu Rodrigo.
Além de eu adorar o seu texto e o seu blog, concordo que Jack White é um dos caras mais inovadores do mundo da música...
Raconteurs foi um dos projetos mais legais que já ouvi, e gosto muito de Dead Weather... porém essa coisa de pular de projeto como você mesmo falou, não permite a ele um grau maior de conhecimento do publico! O que é uma pena, pois ele tem muito talento ;D
Obrigado Gabriela =)
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