SHERLOCK HOLMES

estaria a mocinha sobrando? sei não...

A Wanner Bros. tem muita sorte de ter os dois maiores detetives do mundo a sua disposição. No entanto, foi muito mais cuidadosa com o Homem Morcego do que com nosso caro Sherlock Holmes. Não que o filme seja ruim, longe disso. Os diálogos são primorosos, as cenas de ação muito bem construídas e coisa e tal. Mas, creio que foi injusta a adaptação ao deixar o povo leigo alheio a certas coisas. Por exemplo, seria ótimo que logo em seu início fosse filmado o pequeno conto de Arthur Conan que demonstra porque Irene Adler interpretada pela linda Rachel McAdams é tão esperta, a ponto de enganar o malandro Sherlock, ficaria claro do detetive ter em sua casa um retrato dela, um presente de um Rei ao qual Irene foi amante e tinha a intenção de chantagear. Eu ouvi muito mi, mi, mi, de gente torcendo o nariz para as cenas de luta, mas nós estamos na geração em que temos ótimos reboots de Batman e 007, a garotada bocejaria se ele ficasse limitado ao campo das idéias. No entanto, concordo que certos clichês dão aquela enjoadinha, como o fortão gigante, a mocinha apaixonada sem um motivo claro e o vilão que morre e volta da tumba. O trailer estraga certas surpresas, um mal da atualidade, mas no entanto você reconhece o detetive em Robert Downey Jr. e seu escudeiro Watson em Jude Law, que livra o pobre amigo de Sherlock da figura caricatural sem sentido, afinal se você for pensar bem Watson é a maneira que Arthur Conan conseguiu para poder participar das aventuras de seu detetive. Gostei de não ter narração em off, gostei de não ignorarem a figura de Moriarty nesse primeiro filme, pois seria muito batido se jogarem tudo para o segundo. Espero que na seqüência acertem no roteiro tanto como acertaram na escolha do elenco desse primeiro filme. Quem sabe Jonathan Nolan e David Goyer não resolvam esse problema.