O Código Bernini
by.Queiroz
Eu sou fã do Tom Hanks sabe, mas Código Da Vinci foi a pior atuação dele na vida. E acho que o Ian Mckellen, salvou o primeiro filme do total boeiro. Fica difícil para um católico ver com bons olhos esses filmes. No filme anterior o Alfred Molina, faz até aquela entonação de voz que os padres fazem antes da omilia. Em Bússola de Ouro se experimenta algo semelhante sendo as vítimas por assim dizer: bruxas, ciganos e crianças que tem bichinhos de estimação. Eu sempre acho que quem escreve esse tipo de estória é aquele cara que ficou entediado durante uma missa e resolveu formular essas estórias mirabulantes. No anterior o Robert Langdon (Tom Hanks) se ajoelha lá perante o tumulo de Maria Madalena. Imaginei que nesse segundo ele faria a carteirinha de sócio do Iluminati. Mas, vou deixar um pouco a minha paixão católica para falar do filme. Pois, bem, o filme se inicia na ocasião do falecimento de João Paulo II, e creio até que as imagens que aparecem no filme sejam reais, o que me causou tristeza, por me lembrar dessa ocasião. Logo corta, para um laboratório na Suíça, onde os cientistas, um deles a Doutora Vittoria Vetra, interpretada pela linda Ayelet Zurer, conseguem separar a Antimatéria, que seria mais ou menos como o fogo da criação, que nas mãos erradas pode se tornar uma bomba, capaz até de mandar pelos ares o Vaticano. Logo, ocorre o primeiro assassinato, de um cientista, e é roubado um dos tubos de Antimatéria. E dessa forma a Igreja Católica, chama logo quem? Robert Langdon, aquele professor de Harvard que tem o filme queimado com a Igreja, mas já que é o único Sherlock Holmes disponível no momento, então não tem tu, vai tu mesmo. E assim toda a trama se desenrola durante a ocasião do conclave que elegerá um novo Papa. Enquanto o Robert está falando mal na cara, acho que o filme corre bem, afinal se no primeiro as vítimas eram as bruxas, nesse é o “Agora agüenta o Iluminati!!!”. O problema da trama, diferente da anterior é a indecisão de quem é Anjo e de quem é Demônio na situação, falo isso sem tomar partido por linguagens maniqueístas. Uma hora vemos um personagem sendo o mais virtuoso de todos, para no fim das contas ser revelado como o mais sórdido. Meio que a boa brincadeira de detetive, durante boa parte da projeção do filme se torna tão boba, com sua conclusão, um plot twist, prá lá de esquisito, afinal se você é O culpado, porque diabos (sem trocadilho, por favor), vai ajudar a facilitar uma investigação? Se você está defendendo uma coisa, porque correr o risco tão grande para poder destruí-la? Antigamente, quando você via uma trama se desenrolando no cinema, a descoberta viria de alguém chegar a conclusão de. Mas, hoje em dia ou é na base do celular, do arquivo de computador ou do vídeo revelador. É ridículo sabe. Ao final parece que há uma conciliação entre Dan Brown e a Igreja, mas aí que eu digo que o senhor é um fanfarrão Ron Howard. A tal conciliação entre a Igreja e a ciência vista dessa maneira é prá lá de mentirosa, pois se a igreja é uma fábrica de loucos, como dá a entender a trama, logo sugira um novo _______ crendo que os avanços da ciência são uma ameaça a fé, e dá-lhe mais mortes. Eu preferia que o Prof.Langdon, não fosse posto como o herói da Igreja. Gostaria que ele até dissesse: “Não senhor, não foi Deus que me mandou aqui, tenho que pagar minhas contas, meu serviço custou tanto. Põe na conta do Papa”. Seria mais coerente. Felizmente hoje em dia a fogueira da inquisição está apagada, e quando a Igreja se opõe contra algo é na base das declarações públicas, de até aconselhar as pessoas a não verem esse filme. Eu sou católico e vi, e isso não abalou em nada minhas crenças. Se um dia fizerem um filme com bom orçamento da Madre Tereza de Calcutá ou de São Francisco, me chama Há de se elogiar a beleza de Ayelet Zurer, a excelente atuação de Ewan McGregor no papel do Padre Patrick Mckenna e a trilha sonora de Hans Zimmer.
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