"...a violência não faz discriminação."
by Queiroz
Ela era uma garota como outra qualquer, 19 anos, bonita como as modelos da Marie Claire. Para uns uma menina para outros uma mulher, mas que à primeira vista deveria ter a malícia de qualquer garota de sua idade. Ninguém imaginaria que ela seria um poço de maldade. Me diga qual foi a sua recompensa, a fatalidade ou os flashes da imprensa. Se é vítima ou culpada não posso avaliar. Todo adolescente tem o pensamento + ou – similar. Se desentender com os pais na adolescência é uma coisa até normal, mas matar não é nada racional. Se fosse norte-americana seria condenada a pena capital. Para muitos um ato falho em nosso Código Penal. A imprensa dá destaque a esses casos isolados, como o jovem que na piscina morreu afogado ou o índio em Brasília que foi pelos jovens foi queimado. Será que estamos ficando acostumados a ver jovens bem criados, serem autores de assassinato? Contra fatos não existem argumentos, só lamentos. Enquanto uma parcela da juventude pobre constitui 30 atingidos na Baixada com tiro, só quando atingem alguém da classe média que fazem passeata, que aparece até em novela, e nesse momento eu me retiro. Sou poeta carioca, em nome da paz, mas de passeata não participarei jamais. Camisa branca só é bonita nos tele-jornais. Eu visto o preto do luto por quem em RJ jaz. Espero que um dia todos escutem a voz da razão e vejam que diferente da população, a violência não faz discriminação.
Ela era uma garota como outra qualquer, 19 anos, bonita como as modelos da Marie Claire. Para uns uma menina para outros uma mulher, mas que à primeira vista deveria ter a malícia de qualquer garota de sua idade. Ninguém imaginaria que ela seria um poço de maldade. Me diga qual foi a sua recompensa, a fatalidade ou os flashes da imprensa. Se é vítima ou culpada não posso avaliar. Todo adolescente tem o pensamento + ou – similar. Se desentender com os pais na adolescência é uma coisa até normal, mas matar não é nada racional. Se fosse norte-americana seria condenada a pena capital. Para muitos um ato falho em nosso Código Penal. A imprensa dá destaque a esses casos isolados, como o jovem que na piscina morreu afogado ou o índio em Brasília que foi pelos jovens foi queimado. Será que estamos ficando acostumados a ver jovens bem criados, serem autores de assassinato? Contra fatos não existem argumentos, só lamentos. Enquanto uma parcela da juventude pobre constitui 30 atingidos na Baixada com tiro, só quando atingem alguém da classe média que fazem passeata, que aparece até em novela, e nesse momento eu me retiro. Sou poeta carioca, em nome da paz, mas de passeata não participarei jamais. Camisa branca só é bonita nos tele-jornais. Eu visto o preto do luto por quem em RJ jaz. Espero que um dia todos escutem a voz da razão e vejam que diferente da população, a violência não faz discriminação.