"Não quero ser a palmatória do mundo, só digo o que acredito, concordando ou discordando deixe os seus comentários, espero o seu veredicto, gostando ou não esses são meus Escritos Malditos."
by Queiroz
domingo, abril 18, 2010
The U.S. x John Lennon
by.Queiroz
Qual a importância de um artista para a sociedade a ponto de mobilizar o povo politicamente? Porque John Lennon, um artista que foi um ícone pop, se tornou de uma hora para a outra um ativista político, ou melhor, potencialmente um pacifista?
Essas e outras perguntas encontram resposta em The U.S. X John Lennon. O filme se inicia de forma irregular tecnicamente falando, pois ganha a cara de extras de DVD, com sempre alguma personalidade sentada numa cadeira que teve direta ou indiretamente uma ligação com Lennon, inclusive a viúva Yoko Ono. No entanto, a ausência dos depoimentos de Paul McCartney e Ringo Star, que por ventura poderiam enriquecer o documentário, afinal se na época de ativismo houve um afastamento de Lennon dos outros Beatles, seria bom ouvir a opinião deles hoje em dia sobre o episódio, mas acaba que não se tornando necessário, eis que as testemunhas da fase militante de John Lennon estão presentes para dar seus depoimentos no documentário. O filme retrocede a fase de infância de Lennon, buscando entender o porquê da sua rebeldia, atribuindo como motivo a separação dos pais, sendo John criado apenas por sua mãe. Aí dá um salto para a queima de discos do Beatles, após a declaração de John Lennon, que para a juventude inglesa os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo, algo que de pronto ele tentou se retratar, pois haviam interpretado ao pé da letra sua declaração, mas enfim, essa é a parte do filme para demonstrar o quanto a força da palavra de um Beatle poderia valer. Daí, imagens dos Beatles tocando Revolution. Pula para a lua de mel televisionada de John e Yoko, em que numa atitude esperta do casal, acabou se tornando um longo protesto de paz. Claro, contestado e ridicularizado pela imprensa. Daí o filme pega ritmo, e traça aquilo que a premissa tem a intenção de demonstrar que é quanto o poeta, pacifista e cantor incomodou os Senhores da Guerra. Com uma trilha sonora que conheço muito bem, eu que sou mais entusiasta do Lennon solo do que na sua carreira junto aos Beatles, hits como Give peace a chance, Imagine, Working class Hero, e outros, e seus eventuais significados. E as imagens de arquivo, tomam o contorno de demonstrar um Lennon, mais do que vivo e compreender muito bem a sua pessoa, e seu bravo combate contra a apatia da juventude, e o quão assusta lideranças repressoras a luta pela liberdade de expressão. PEACE & I LOVE NY.