domingo, agosto 09, 2009

G.I JOE

by.Queiroz



Tem tarefas que são tão fáceis de realizar que você fica impressionado que ainda consigam errar. Você filmar um filme inspirado em um videogame de luta é difícil, pois por mais que os personagens carreguem lá sua sinopse, não há alma, não há personalidade ali, o realizador tem que realmente ter imaginação, e em certos casos aliviar com a brutalidade do jogo para transpor de uma maneira mais palatável para o cinema, caso de Mortal Kombat. Filmar um quadrinho é difícil, pois muito embora certos já tenham até suas versões animadas, vai ser na essência da HQ que o realizador vai basear seu roteiro, e certos fatos muito importantes que levaram anos para ocorrer nos quadrinhos, vão ter que aparecer no primeiro filme da adaptação para o cinema para torná-la mais interessante, caso do Homem Aranha. Agora, um desenho animado cara, é praticamente algo mastigado para o realizador, veja nosso caro Michael Bay, que transpõe o que interessa para a tela com o seu Transformers. Ele erra a mão? Ô, se erra!! Mas perto de Stephen Sommers, Bay parece um gênio. Eu tenho recordações muito vagas do desenho animado, mas me lembro que a coisa mais interessante do desenho era aquele fogo cruzado das metralhadoras disparando lasers azuis (G.I.Joe) e vermelhos (COBRA), ou seja, a troca de disparos era o ápice do desenho, assim como é um Transformers ver um robô virando um carro e vice versa. Não é que no filme, não tem uma cena que se preze nesse quesito. Na primeira cena de fogo cruzado que vemos no filme temos por parte dos Cobra, soldados invulneráveis com suas armas de canhões de som, creio. E desfilando entre eles com seu corpão muito bem emoldurado por um colante aquela que tinha uma importância que até então eu ignorava, A Baronesa. Porque intitular de Rise of Cobra ou a Origem de Cobra em bom português, se a grande presença do filme é a atriz Sienna Miller na pele da Baronesa. Aliais muuuuitoooo prazer em conhece-la. Se tem um acerto que Sommers pode rivalizar com Bay é destacar essa atriz que já entrou disparado no rol das grandes musas de Hollywood. Ela vale o dobro do ingresso por assim dizer. Mas, se a produção tivesse um teor mais adulto, com cenas impróprias para menores, vide Coruja e Laurie em Watchmen, até que você, entenderia o porque de tanto destaque, mas não, foi apenas para ter uma ligação romantica piegas com o soldado Duke (Channing Tatum), que perde o brilho de protagonista face a simpatia de Ripcord (Marlon Wayans), que flerta muito bem com a belissima ruiva Scarllet (Rachel Nichols), cujo o nome da personagem completo, pasmem, é Shana Scarlett O’Hara, é mole? Pois, bem o único rosto conhecido, é do Sr.Dennis Quaid na pele do General Hawk, que aqui faz as vezes de bom burocrata, não participando tão ativamente das cenas de ação, tendo em vista que seu personagem sofre um ataque bem violento no primeiro contato com os Cobras, o que lhe manda para uma cadeira de rodas (Será referencia ao Prof.Xavier???). Pois, bem, a Baronesa pode tudo né, ela é a ex do mocinho, casada com um figurão o Barão de Cobray(???)(Grégori Fitoussi), por isso o título de Baronesa, nutre a paixão de seu Sansai Storm Shadow (Byung-hun Lee), nutre a paixão do Destro (Christopher Eccleston), ou seja, todo mundo apaixonado pela mulher, só faltou o seu irmão Rex (Joseph Gordon-Levitt), nutrir um sentimento incestuoso por ela, algo que em certo ponto do filme achei que iria rolar. Será que o Snake Eyes (Ray Park), também é apaixonado por ela? Ah, isso não saberemos porque por algum motivo que ninguém sabe ele não fala. Um festival de parentescos sem sentido, um festival de alistamentos sem sentido, o Doutor Cobra se entitula comandante ao seu bel prazer, viradas de casaca sem sentido, efeitos especiais meia boca, salvo as cenas realizadas em Paris, ponto alto das cenas de ação do filme, mas um roteiro fracote com figurinos que não me remetem em nada os trajes maneiros dos Cobra, ou seja, G.I. Joe diferente de Transformers, não passa para a nova geração o que nós na faixa dos 30 anos viamos naquele desenho animado. E vai ter continuação, lamentem. Quem sabe no próximo eles acertem ou errem menos. Ah, já ia me esquecendo, de falar do Arnold Vosloo que faz o Zartan, que no desenho era bem parecido com o Ozzy, teve a sua vaga garantia no filme por Sommers ter dirigido a Múmia. De certo esse vai ganhar algum prêmio especial do Mtv Movie Awards de melhor cena de assobio.