segunda-feira, dezembro 14, 2009

É Proibido Fumar

by.Queiroz





Não seria pedir demais, que após o ‘’machista’’, entre claras aspas 500 dias com ela, fosse lançado um filme que desse conta de defender o lado feminino da força. Glória Pires que daqui a pouco vai ganhar fácil, fácil, o título de primeira dama do cinema, já que a do teatro é a outra moça, desfila todo o seu talento e bem à vontade no papel de Baby, uma solteirona que dá aulas de violão para alunos não lá muito talentosos. Com a chegada de um novo vizinho interpretado por Paulo Miklos, que não poderia estar mais em casa interpretando um músico e torcedor do Santos, é o estopim para as evidentes mudanças no comportamento dessa mulher que vão de sua vaidade, numa cena de depilação que automaticamente remete a Se eu fosse você, a luta contra o vício do fumo, e nisso Baby vai cedendo espaço em sua vida para que Max veja nela a mulher ideal. Aí que vem o lado feminino questionar: Mas, ué? Esse cara não vai fazer nada para mudar. Talvez tenha faltado isso ao filme, Max ter mudado em detrimento de sua vida e vontade para agradar a Baby. Uma coisa que talvez decepcione muita gente, é que o Roberto Carlos não é citado e nem tocado no filme sendo trocado por Jorge Benjor e Chico Buarque na pauta de discussões do casal. A música incidental com a boa viola deu um charme e um belo diferencial ao filme. Vale citar as participações especiais de Pitty, relâmpago, sem lá muita importância para a trama, e Marisa Orth numa hilária participação como a irmã de Baby. Max que é obrigado a tocar partido alto em um restaurante ao qual trabalha, mal pode homenagear sua amada quando esta vai assistir ao uma apresentação sua. As pessoas vão à sala de cinema crendo ser uma sátira sobre a luta contra o fumo, mas na verdade tratasse da análise de quão uma pessoa pode se doar para que o Amor prevaleça. Daí vem o plot twist e o sumiço da importância de título do filme até então. Podia ser É Proibido Fumar 1.° e 2.° ato e O Amor é o que importa, no 3.° ato.