domingo, julho 01, 2007

Maria & Mutantes



E a Maria?
by.Queiroz


O que faz um jovem de 30 anos solteiro num finalzinho de tarde de sábado? “Liga para todas as amigas solteiras prá ver se uma delas está disponível a noite e se conseguir toma um bom banho já aguardando o esperado encontro?” Já fiz muito isso, mas ontem não. “Hummm. Já sei vê todos os programas horríveis de sábado até a hora de sair prá noite prá azarar umas gatas?” É uma alternativa muito boa, mas tb não. Com voz de tédio: “Vai ao cinema sozinho ver a estréia da semana o 4 Fantástico em Niterói. É isso?”. Vou dizer logo. Eu fui ver na Casa França-Brasil, o filme Marie Antoniette de Sophia Coppola, com Kristen Dunst(A vampira criança Cláudia de Entrevista com o Vampiro e mais recentemente a namorada do Homem-Aranha, Mary Jane). Em casa achei que por a sala ter apenas 51 lugares chegando encima da hora eu correria o risco de acabar não conseguindo ver. Que nada, na semana do Anima Mundi ali do lado da própria casa e com a estréia de 4 fantástico quem seria tão louco prá entrar numa dessas? Pois é, eu e um casal maduro, entramos nessa, pagando míseros R$ 8,00, e assistimos a sessão na salinha do tamanho das salas de aula de inglês, mas com um telão legal. A Rainha da França é retratada primeiramente como uma jovem duqueza austriaca chegando na França, e se sentindo deslocada e entediada após se tornar princesa, com o protocolo real e frustrada com relação ao fato do Principe Luis XVI não comparecer na cama (parece mais não saber o que fazer, pois quando o cunhado dá a deixa do que o Luis, que tem como robbies ser chaveiro deve fazer na hora H ele manda ver). Uma Rainha completamente desinteressada por política, que adora jogos, festas à fantasia e fletar com garotões. Essa é a Maria Antônieta do filme, uma governante alheia aos dramas de seu povo e que nega entre suas amigas ter dito que: “Se eles querem pão, de-lhes brioche”. Uma ótima amiga, boa mãe e uma boa esposa, apesar de adultera, que fica com o marido até o fim. O final é confuso, não explicando que Maria Antonieta em 1792 foi detida e encarcerada pela revolução, junto com seu marido. E nem chega a mostrar a sua execução. O filme decepciona a gente por não ter aquela sacanagem esperada, no máximo umas cenas com Kristen com roupas transparentes, e uma dela só com um leque e meias branca, mas acho que as garotas, não estudantes de História, vão gostar ou gostaram. Os cenários são perfeitos por um motivo bem simples. O filme foi rodado todo no Palácio de Versales.




Curiosidade: Existe um estranha sincrônia entre o filme e o disco Dirty do Sonic Youth. É só dar o play na hora que aparece a mulher da Columbia que vc verá que não é caô.
Maria Antônieta, uma Rainha que não quer nada com o basquete. Ei! Eu disse basquete.

E DEPOIS DISSO...

Aí sim!! Fui ao Circo Voador para o show dos Mutantes (com Zelia Ducan). Não demorou muito pró tempo passar prá entrar. Fiquei batendo papo com um pessoal na fila. Uma jovem mãe de nome Mônica, com seu filho e duas senhoras, enxutas. A gente, depois que entrou, antes do show ficou conversando. Eu com aquele pensamento (vou, não vou). A Mônica era a mais bonita, mas sei lá, com o filho lá nos arredores e com um jeito meio quadradinho (falando mal de carioca e de homem carioca, generalizando, sei lá mei-chatinha) e preferi a Glória, mulher animadona, dança bem, filé. Comparando, bem a Mônica seria um Fiat Palio e a Glória um Escort conversível, bem conservado. Horrível ficar comparando mulher com carro, eu sei, desculpa, mas sendo o carro a invenção que o homem criou que as mulheres mais gostam, e segundo uma amiga um jeito de traçar o perfil da personalidade de um cara (quando ouvi o papo fiquei boquiaberto, quase tanto quanto uma mulher ouvindo um papo de homens sobre o tamanho da bunda da Fabiana Andrade). Mas, a Glória ralou num certo momento lá do show, e com a Mônica demonstrando desinteresse, mandei aquele Senhor F..., para a situação e fui lá pro meio do galerão curtir o show quando eles começaram a executar Top Top. Repertório do show é exatamente o do DvD, não tendo surpresas, aliais, é a minha única crítica ao show. Os irmãos Batista arrebentam e a Zelia Ducan tem mais cara de Mutante(x-men?!) que a Rita Lee. Ótimo show. Destaque para a loirinha back-vocal gatinha e a loirinha percusionista e claro para a competência de toda a banda. O melhor nacional que vi esse ano. Show gringo fica ainda a cargo do Roger Waters.