domingo, agosto 28, 2005

Crônica, crônica, crônica...

SEXTA-FEIRA

Tá bom, o povo pediu, o povo tem. Esse finde vale mesmo uma crônica. Vamos começar por Sexta. Creio, e tenho quase certeza que nenhuma de minhas leitoras assíduas já freqüentou um baile funk. Calma, vou explicar. Sexta teve no Circo Voador o evento, Hip Hop Voador, que na 1.ª parte era dedicada ao Rap e na 2.ª parte, quem comandava as pick-ups era a Furacão 2000. Rapper, eu sou, pelomenos me considero, e a razão em parte de eu estar lá é por admirar o movimento Hip Hop. Mas, sejamos francos, ver mulher rebolando é de lei. Por isso zoação a noite toda, sim. E, também a nível de rap, a noite tava mais ou menos. O 1.° grupo a se apresentar até que era bom. Teve um rap deles falando mal da tv, que deu até vontade de eu subir no palco p/complementar com minhas rimas sobre o assunto. E um falando sobre mulher tb legal. Em seguida, subiu uma figuraaaaaaaaaaaça!!! Um cara com maior pinta de hippie que vende pulseira em nikty, rimando: Eu odeio a Barra, eu odeio a Barra, eu odeio a Barra... O bairro mais playboy do Rio. Muito engraçado. Aí foram apresentando-se os grupos. Até que surge a Lenda no palco, Gerson King. O James Brown brasileiro. Eu vendo ele os B.Boys dançando, conclui: a gente que é branco não sabe fazer isso. Apesar que tinha um cabeludo com pinta de rockeiro (outro) que tava dando uns passos frenéticos. Amor não tem cor. Ah, lembrei, tenho que zuar uma pessoa, o recado é esse aqui: Tem rapper que não tem nem Dj p/ tocar seu som, mas quando sobe no palco se acha o fodão. Rapper de mentira paga p/ vacilar. Pode perguntar a qualquer um do Quinto Andar. Recado dado. Depois rolou a Furacão. Cheguei junto numa pretinha, (Aeeee! Dança e sarro!!), mas a amiga dela loirinha empatou a parada. É mole! Sempre tem que ter uma amiga chata. Depois, fiquei só babando com a mulheres descendo até o chão. Saí do Circo olhei p/ o outro lado da calçada, e tava rolando lá num espaço cultural uma festa de Hip Hop. Umas negras lindas no recinto, e uma galera antenada no movimento. Aqui no Rio tem essa parada do povo ser mais do funk e o rap ficar com um sub-público. É bom ver que nem em todo lugar do Rio é assim. Sem neurose!!!

SÁBADO


Sábado, aí sim! Voltando as origens, fui com o meu irmão curtir um Rock n Roll no Circo Voador. Tinha vantagem da promoção da Rio Fanzine de entrar 0800, no local. Meu irmão, pôde pagar meia com carteira de estudante, R$ 12,00 e eu de graça. Pô, que noite!! Antes de entrar conhecemos umas pessoas simpáticas. É que eu puxei papo com uma gatinha chamada Marilia, e em seguida ela puxou papo, com 3 pessoas legais que estavam atrás na fila: A Juliana com o namorado Daniel, sósia do Kurt, e um amigo doido. Legais eles. Depois quando entramos a Marilia desistiu de entrar e houve uma certa separação no grupo. Aí, tic, tac, tic tac. Passa o tempo, e a primeira banda a se apresentar é a Os outros, que tem nada mais nada menos no contra-baixo o Vitor Paiva, filho de Miguel Paiva, criador da Radical Chic. O garoto manda bem, estava tocando com o mesmo tipo de baixo que toca Paul Mccartney. Tá podendo o garoto! O pessoal da Tve deve pagar bem (rsrsrs). Em seguida para a alegria masculina se apresentou a Banda Luxúria
. Ah!!! Meg!!! Imaginem, uma mulher branquinha, com corpinho legal, se apresentando com uma sainha, não se incomodando com o público masculino vendo a sua calcinha, cantando rock n roll do bom. Que coisa boa. É demais, pro meu coração. E eu que na apresentação do Outros estava na arquibancada, desci e fui pro gargarejo p/ conferir. Ponto alto, foi o cover de Shenna is a punk rocker dos Ramones. A gente chegou a falar aaaaaaaaaah! quando soube que ela ia embora, tudo bem, a gente aguarda com saudades a volta da paulistana ao Rio. Aí, voltei a arquibancada e aguardei alguns minutos o show da Cachorro Grande
. Comentei com meu irmão como foi bom ir lá embaixo ver o show do Luxúria. Já tinha visto Cachorro Grande quando eles abriram pro Lobão um show no Circo, aliais o primeiro show que eu fui no Circo. Gosto da energia deles no palco. Uma verdadeira aula de Rock n Roll. Um cara que tava do meu lado com a esposa, disse que teve uma vez que estava no Rio Grande do Sul e acabou assistindo um show deles. Ligou p/ mulher e disse: Não sei o que está tocando, mas é demais... E um detalhe, no Sul todos estavam vestidos que nem eles, de terno e gravata pretos. Achei que ia agüentar ficar na arquibancada assistindo ao show. Que nada!! Desci e dessa vez levei o meu irmão p/curtir a zoeira lá embaixo. Muuuuuuito Boooooooom!!! Aclamados pelo público, a despeito dos impacientes (poucos) em ver oDead Fish.
Até achei o show do Cachorro Grande curto, e eles nem tocaram Debaixo do meu chápeu (estilo Bob Dylan), que eu gosto. Mas, valeu quando acabou todos eles foram a frente do palco, fazer aquele cumprimento ao estilo Teatro. Eu e meu irmão voltamos a arquibancada p/ assistir ao Dead Fish. Antes de assistir ao show tinha na minha cabeça a idéia de clone do Cpm 22, mas não é que os caras do Espírito Santo tem personalidade! E acho que deviam mudar de idéia e aportuguesar o nome p/ Peixe Morto, mesmo, combina mais com eles. Ver aquele formigueiro de gente na porradaria (entre claras aspás!!!) foi lindo. Certo que tinha desde do começou gente subindo e pulando do palco p/ galera segurar, e saibam que até garota tava fazendo isso, mas imaginem pular da arquibancada!!! Neguinho tem que ser muito Chapa.10. Eu não agitei no show deles, mas prestei atenção as gatinhas que estavam cantando junto as músicas e aplaudi. Saindo de lá o Cachorro Quente pós show de lei, e apesar do tum, tum, tum, lá perto, consciência mandou ir p/ casa com meu irmão.