domingo, junho 14, 2009

A Mulher Invisível

by.Queiroz


Tem um ditado que diz: “Qual é a melhor coisa do mundo? Mulher. E qual a pior? Um homem sem mulher.” O filme A mulher invisível, segue uma premissa diferente: De que o homem sem mulher é capaz de encontrar sua mulher interior, e assim, terá a mulher perfeita. E existe mulher perfeita, tirando a Mallu Mader? Seguindo os passos de Pedro (Selton Mello) que transou com várias mulheres reais até chegar a sua Amanda (Luana Piovani), uma mulher nota 1.000, versão 2009, uma ilusão criada pelos seus 3 meses de isolamento, sugere que a sorte nos relacionamentos depende muito do grau de afinidades entre o casal, seria o ponto chave. Eu duvido que algo assim exista, até porque seria insuportável, se relacionar com uma pessoa que gosta exatamente das mesmas coisas que você, muito embora, ser gata, torcer pelo Flamengo e gostar de ir ao cinema, não seja nada mal. A minha amiga Mariana Bonfim achou machista, mas acho que a problemática do filme vai muito mais longe. A de que ninguém, homem ou mulher, encontrará o ser perfeito. Aí que vemos a importância da coadjuvante que rouba a cena a vizinha Vitória (Maria Manoela), casada com um policial nada afetuoso e romântico, se interessava mais em escutar a rotina de seu vizinho Pedro, sendo ele o sonho do cara perfeito, ou seja, seu Homem Invisível. E numa virada espetacular de roteiro acaba assimilando as características de Mulher Invisível também, e acho uma pena o filme não ter segurado a peteca, para cair na tentação do final feliz, no fim das contas algo “querido pelo público”. Como esse filme destrincha desejos, impressionante sabe. E porque não falar também da participação relâmpago de Marina (Maria Luisa Mendonça), estopim para os devaneios de Pedro (Selton Mello), uma mulher cuja monotonia no relacionamento, a fez escapar da relação com um estrangeiro. Ela até diz uma frase bem relevante: “Você não me enxergava. Você enxergava só o seu sonho. Eu era invisível para você”. Para mim, A mulher invisível é isso: A eterna busca no próximo daquilo que queremos, esquecendo o que o próximo realmente quer.