domingo, julho 18, 2010

Justificando Jack White

na minha lista das 13 Maiores Personalidades do Rock



Jack White só tem 35 anos de idade e 13 de carreira, e já tocou com Pete Townshend em um programa de Tv, foi convidado para tocar com os Rolling Stones em um filme de Martin Scorsese e também em A todo volume com Jimi Page. O que tem de tão especial com o garoto branquelo de Detroit? Como uma espécie de arqueólogo do rock n roll Jack vai espanando a poeira de suas vitrolas e com suas guitarras por vezes customizadas, busca aquele som de antigamente. Jack já trabalhou com 3 bandas White Stripes, Raconteurs e Dead Weather, sendo a segunda a mais consistente, aquela que Jack demonstra o quão criativo pode ser, e como suas influencias Led Zeppelin, The Who, e outras que só o ouvido mais apurado pode identificar. E não se trata só de vontade de querer ser, pois Jack com ajuda de seus músicos consegue alcançar esse som antigo, e por sua vez sua voz consegue lembrar Robert Plant, conseguindo assim pegar aquela chave no fundo da piscina. Jack White não é abusado como os grandes: John Lennon, Bob Dylan, Zappa..., muito pelo contrário, tem cara de inofensivo, um jeitão introvertido, mas não há de se duvidar que Jack White não seja ousado em sua eterna busca por aquele som, e lembrando de bandas com essa verve saudosista até penso o que seria do Black Crowes se tivesse conseguido nos anos 90, o mesmo apreço pelo grande público que os projetos de Jack White consegue nos anos 2.000. O problema da estória, talvez seja de que em todos os seus projetos, Jack ainda não convença como fonte, mas sim como um pesquisador, um cientista louco talvez, um Tesla da vida que sempre está a procura de uma nova informação sobre algo bem antigo, no caso do seu objeto de estudo o Rock n Roll. E por vencer as viúvas de Kurt do final da década passada, os salvadores do Rock que aparecem toda semana e a Emorróida(sic) que mancha o mainstream hoje em dia, e por ser o cara mais ousado e talentoso artista do rock nos dias atuais, tem na minha lista o seu justo lugar entre as 13 Maiores Personalidades do Rock, por reapresentar o verdadeiro Rock n Roll a essa nova geração, conquistado a posição de artista respeitado pelos Grandes e comercialmente viável tomando as liberdades que quer e abraçando o projeto que lhe vem a telha. Um dia você acha o seu som Jack, estamos esperando. P.S. A pior coisa do White Stripes era aquela discussão sobre ser ou não Jack e Meg um casal, e a Meg ser O pior baterista do mundo, digo O e não A, por não ser ser uma questão de sexo, mas de talento mesmo.


À PROVA DE MORTE (Death Proof)


À Prova de morte é um filme do Tarantino que faz referencia ao próprio. Desde um celular tocando um assovio de Kill Bill ao Red Apple, Tarantino demonstra seu lado narcisista. Creio que o tema do filme seja esse: A vaidade. Gostosas inacreditáveis rebolam seus lindos corpos usando shortinhos dos mais agradáveis aos olhos masculinos, e alguns femininos é bem verdade, enquanto as garotas podem desfrutar do charme de Kurt Russel na pele do Dublê Mike. Ainda se pautando na força dos diálogos, Tarantino tem o dom de escolher músicas certas para determinada cena. Aqui a que ganha o ar de antológica é sem dúvida a trilha da dança suja da gostosa Butterfly (Vanessa Ferlito). Quentin aproveita para tirar um sarro dos fãs de John Hughes, e digo bons tempos que filme menininha era os dele, e sobra também para 90 min. com a Angie. Eu fui ao cinema munido de algumas informações, uma delas que o filme se dividiria na primeira parte bem Tarantino e a segunda parte, seria o Tarantino fingindo que foi realizado por outro diretor, mas creio que diferente de muita gente que falou, o filme não perde um fio de cabelo de Tarantino (apesar que cá entre nós, o mesmo está ficando meio careca). A verborragia, a trilha sonora impecável e o feminismo durão suas marcas registradas são do começo ao fim.