“... o homem em que nada crê”.
by.Queiroz
“O gênero ficcional do terror ou horror existe em qualquer meio de comunicação em que se pretenda provocar a sensação de medo. Desde a década de 1960 que qualquer obra de ficção com um tema mórbido ou repelente são conhecidos do público como um gênero à parte, com grupos de fãs muito específicos que rendem culto a subgêneros ou a determinados filmes e literatura a eles associada. Este gênero está intimamente ligado à ficção fantástica e à ficção científica. O medo é a fonte dos filmes de terror. Alguns especulam ser um dos sentimentos que mais faz as pessoas se sentirem vivas e livres.”
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Terror
Após essa breve definição sobre o gênero, vou tentar passar sem medo a minhas impressões sobre o filme do Zé do Caixão que assisti no dia de ontem. O filme se inicia com a ótima narração de Zé do Caixão, mas o anuncio dos que apóiam a obra esfria um pouco. Quer dizer tem obras que passam todos os patrocinadores e só após começa o filme. Nesse foi um junto com o outro, ficou um tanto mais difícil mergulhar na atmosfera a qual estava iniciando. Tudo bem, Seu Américo (Luís Melo), inconformado pela responsabilidade que acaba de receber, alerta aos homens para não sentir medo do velho louco preso à 40 anos, mas o próprio não consegue disfarçar o próprio medo. Chamando de Josefel Zanatas, o próprio debocha do fato do sistema falido a qual foi condenado o estar libertando. E Seu Américo clama: “Renegue a Zé do Caixão”. E vocês acham que ele resolveu fazer isso? Claro que não. Zé do Caixão está de volta as ruas de São Paulo, com sua indumentária em um dia ensolarado. Não demora muito para Bruno (Rui Resende), uma espécie de Igor do Zé, apresentar um grupo de quatro jovens seguidores da ideologia sinistra do coveiro. Daí para frente que o Terror realmente começa. Vão dos pesadelos do Zé, com imagens que remetem aos antigos filmes, com figuras mortas em outros filmes vindo atormentar. O Sr. José Mojica Marins, que atuou, escreveu e dirigiu, não tem pretensões de explorar elementos de suspense. O negócio é realmente é causar repulsa, desgosto e horror. Ratos, baratas e mutilações. Se você assistir ao filme todo sem uma vez que seja virar o rosto, você com certeza tem algum problema. A cena do ratinho é infalível. Mas, claro isso misturado à nudez de belas mulheres. Afinal, Zé do Caixão anseia encontrar a mulher que possa lhe gerar um filho perfeito, e seus seguidores realizam seqüestros e por vezes até as próprias vítimas se oferecem para tanto. Não há nenhuma cena pornô explicita com o Zé do Caixão, sempre debaixo de sua indumentária clássica, mas o que posso dizer é que ele não dá mole. Pegador nato. Destaque fica por conta de Milhem Cortaz, o Capitão Fábio de Tropa de Elite, que agora surge como Padre Eugênio, um ótimo algoz de Zé do Caixão. Tão assustador quanto. E a quem possa interessar foi o último trabalho de Jece Valadão na pele do Coronel Claudiomiro Pontes. Se você bocejou vendo Jogos Mortais 4, ou passou por Albergue de Quentin Tarantino ileso, não se iluda, o filme do Zé do Caixão não é para qualquer um. Ele é o melhor no que faz. Para finalizar eu sei o título certo da obra, mas a “Encarnação do...”, seja para os outros, afinal como foi dito no filme, Zé do Caixão é o homem em que nada crê.