sexta-feira, novembro 21, 2008

Amor & Terror

Romance

by.Queiroz



Amor é um tema complicado para mim, ainda mais após perder a crença. No entanto, não é algo que me faça ter raiva e queira distância como a novela exibida após o Jornal Nacional. Shakespeare o maior escritor de romances de todos os tempos, dá uma palhinha nesse filme chamado Romance. Começar um filme com a narração do Wagner Moura é algo que já foi bem sucedido uma vez, e porque não repetir? E assim o fez o Sr. Guel Arraes, dessa vez não sobre as mazelas brasileiras, mas, sim sobre Tristão e Isolda. Esses dois nomes cruzam a trama quase que incessantemente, creio que seja impossível que qualquer um esqueça o nome da peça que inicia Romance, após sair da sala de cinema. Deve-se destacar o timing perfeito de Letícia Sabatella passeando entre a interpretação e a “realidade”. Sua personagem Ana é tão inconstante que não sabemos que hora ela chora realmente ou está apenas interpretando. Linda demais, sabe. Situada no alívio cômico da trama Andréia Beltrão faz bonito como a prática, e muito sexy, Fernanda. O que não faltam são personagens que realizem bem o lado cômico da trama, Orlando, é um deles. Há um breve questionamento sobre o papel do artista que se populariza no teatro e parte para a carreira na televisão, e após ao voltar ao teatro, tem retorno do público não por causa do teatro, mas sobre o seu papel na televisão. Ora, essa discussão, ganharia contornos mais sérios, se não tivéssemos o Pedro, interpretado pelo medalhão Wagner Moura, uma prova viva que o ator pode ser bem sucedido no teatro, Tv, e cinema. Cai na piada, algo que deveria ser discutido a sério. Mas, são os questionamentos sobre os relacionamentos que marcam. E realmente, concordo que nas tramas os casais sempre sofrem até ter um final feliz ou não, para que os casais da platéia sempre acreditem no fim das contas na busca de uma solução. Aceita um vinho?





Os estranhos
by.Queiroz



Eu sempre digo que os vilões que mais me assustam no cinema são aqueles que não tem objetivos claros, bons exemplos: Alex de Laranja Mecânica, Anton de Onde os fracos não tem vez e nosso caro Coringa de TDK. Os Estranhos vai além de criar sádicos sem objetivos claros. Será o medo capaz de mudar uma pessoa? Será a solidez do caráter de uma pessoa é medido pelo seu medo? Não sei responder, só sei que é muito perigoso medir os limites do medo de uma pessoa. A amedrontada no filme é a indefectível Liv Tyler, que faz um belo trabalho e segura a onda do filme, que tem poucos motivos para ser revisitado, talvez a Liv seja um deles. Gostei do trio de vilões, muito embora, a minha preferida seja a Bonequinha (Gemma Louise Ward), teve bem imprimida melhor a sua personalidade pelo pouco que mostrou. A Pin-up (Laura Margolis), é quase que nula e o Mascarado (Kip Weeks) com asma assusta, mas incompreensível os momentos em que ele hesita e não parte para o ataque. A vitrolinha na sala teve um papel fundamental, se não fossem os celulares acreditaria que foi ambientado em outra época, o que seria uma escolha mais bem acertada. Mas, sei lá, vilões sem origem e uma lógica, talvez sejam assustadores, mas acho que faltou uma boa explicação no final desse longa metragem, acho que o final pedia por isso. Já está começando a se tornar um lugar comum, e isso vai acabar por enfraquecer a abordagem dos bons longas metragens nessa linha. Será que o Bryan Michael Bertino, pretende fazer uma continuação? Tomara que não, por mais que tenha me agradado. Nota 7,0


DICA DE BLOG: Paradoxo-RS