O Lobisomem
Eu esperava mais. Não que meu currículo de filmes de lobisomem seja dos mais vastos. O lobisomem americano em Londres, O Lobo com Jack Nicholson e Michelle Pheifer e Underworld, aquele do Lycan que cruza com a vampira. Eu acho mais graça nos filmes de vampiros, mas o interessante dos lobisomens é não ter controle sob suas atitudes noturnas. Ou seja, o lobisomem é uma vítima de seu dom, por assim dizer. Nisso o acerto na personalidade retraída de Laurence, muito bem interpretado por Benicio Del Toro, um bom homem que tem uma fera incontrolável dentro de si. No entanto a maneira que o rapaz se torna lobo... Sei que é uma refilmagem, que ou seguiram a risca a original, ou para dar um víeis de mais ação optaram por aquilo. Ah, vou falar poderia ser hereditário, seria prá lá de aceitável e compreensível. Sir Antony Hopkins, convence como fera, pois este interpretou a maior delas, algo que lhe rendeu um Oscar, e a personagem até recebe uma rápida e engraçada homenagem nesse filme. No entanto, falta roteiro para explicar o interesse da mocinha Gwen, papel de Emily Blunt, que como bem observou um casal ao meu lado na sessão, é a cara da Maria Fernanda Candido. Já Hugo Weaving não tem lá muito espaço para desenvolver seu Detetive Francis Aberline, já que não há segredo algum a ser desvendado, Todo mundo sabe o que Todo mundo sabe. O Lobisomem, face as suas cenas ultra violentas ganhou uma classificação etária de + de 18 anos, mas não vejo no filme nada que tire o sono de ninguém.