sábado, setembro 10, 2005

11/9 - O dia em que a América parou

Dia 11/9/2001, um dos dias mais marcantes na história da humanidade. Quando aqueles 2 aviões atingiram as torres gêmeas do World Trade Center há 4 anos atrás, não só se mudou a maneira de se ver a América, como a maneira da América ver o mundo. A xenofobia americana se acentuou e virou medo mesmo. Hoje em dia quando alguém assiste ao filme Guerras dos Mundos, e vê a garotinha perguntando ao pai se o ataque extra-terrestre é um ataque terrorista pode até achar hilário, mas se você for levar à serio a questão verá que aquilo é o retrato fiel de um trauma que vai atravessando gerações. A política do medo adotada por W.B. ajudou a reforçar o anti-americanismo por parte de outros países e também a ideologia de anti-heróis americanos como Eminem, Michael Moore, Morgan Spurlock, o diretor de ‘Super Size Me – A Dieta do Palhaço’ e outros. Há quem ache que o dia de hoje seja de comemoração e até vista uma camisa com o rosto do Bin Laden estampado. Há quem se solidarize e não esqueça das vítimas da tragédia que foram apenas instrumento de causa e conseqüência de algo que está entalado na garganta da humanidade durante anos. Sempre achei de conotação fascista o velho ditado que todo o povo tem o governo que merece. Será que a América tem o governo que merece? Mas, antes de responder a essa indagação teríamos que pensar nos países de 3.° mundo que sempre sofreram com as atitudes de seus governos. E o nosso povo? Sempre quando penso no 11/9 lembro de algo que aconteceu no Brasil, que pode até não ter como fundo de razão os mesmos motivos, e foi esquecido com uma velocidade sem igual, que foi a queda do Palace II na Barra da Tijuca. Não cabe aqui fazer uma discussão jurídica de inocentes e culpados, tampouco social, já que um condomínio na Barra cai um dia e sempre quando chove cai um barraco na Favela. Estou falando de vidas, da indiferença em relação a vida. Hoje com o episódio trágico de Nova Orleans mais uma vez a América expõe sua fragilidade perante o mundo. Há quem acuse W.B de indiferença em relação ao episódio, se comparada a aflição causada em relação ao episódio do World Trade Center. Eu não ia postar nada sobre isso hoje. Achava que o post anterior falando do ETERNO PROBLEMA POLÍTICO E SOCIAL DO NOSSO PAÍS era mais relevante do que ocorreu com a América há 4 anos atrás. Mas, depois de ouvir a coletiva do Severino dizendo que sairia de lá satisfeito e que iria almoçar e ter uma boa digestão, eu disse p/ mim mesmo: O QUE EU ESTOU FAZENDO AQUI AINDA FALANDO DISSO, MEU DEUS?!? Bem, o rap abaixo é antigo, quem é leitor assíduo do blog sabe, e a fonte de inspiração foi uma matéria escrita por Arthur Dapieve, falando da faixa do disco do rapper Black Alien, em que ele descreve a América dele, e logo o jornalista descreve a América dele, ou seja aquilo que importamos de bom daquele lugar. Então assim, como que fazendo um trabalho de casa descrevo abaixo a...

Minha América
by Queiroz

Não vou deixar o W.B matar a minha fonte de inspiração. Não vou deixar o W.B, me fazer pensar que o Rap, faz parte de sua armação. Martin Luther King, pregou a igualdade, assim como Jimi Hendrix pregou a paz com seus solos de guitarra e eu confesso sentir saudade de acreditar nos poderes do homem de aço com o S no peito vestido de azul, mas hoje em dia todos vêem que o Rei está nu, e não dança como Elvis, e seu poder bélico serve para na marra peitar a ONU e não respeitar o ônus da prova, com W.B no poder, você América está cavando a própria cova. Os mestres do cinema devem ter mudado o roteiro: O vilão é reeleito e o Eminem é mais decente que os escoteiros que fazem questão de postar no fotolog a tortura, será que alguém imaginou a América estar um dia desse jeito e que essa figura que se tornou Líder da América se aproveitaria da uma desgraça, e que após uma nuvem de fumaça fazer tão mal a vista, gerando um mundo tão pessimista, que chega ao ponto de ver heroísmo em atitudes terroristas. Não ao terrorismo, sim à inteligência, não só pelo homem que pela sua crença morreu na cruz, mas à todos que buscam Deus na paz e no amor, e que tem a decência de não deixar apagar a luz por completo, iluminando a mente de jovens que por causas justas irão militar sem deixar de acreditar que podem fazer isso de modo discreto, como um vento que aos poucos derruba um enorme castelo de areia. É a esperança a última que morre, mas se ela está viva então porque você não norteia o seu pensamento em prol de algo positivo, lutando pela paz que todo mundo sempre quis. A minha América é o motivo: a do movimento hippie e do hip hop, para crer ainda no final feliz