O questionamento da arte ou a arte do questionamento
by.Queiroz
Dois fatos me fizeram ficar com uma certa raiva nesses dias. A censura do carro alegórico idealizado por Paulo Barros da Viradouro e algo que li essa manhã na página 2 do segundo caderno do O Globo, nesta sexta-feira, dia 8, matéria de Tom Leão, abre aspas: “-O holocausto não é um assunto que se deva representar num musical”, no caso Buddy Elias, de 82 anos, primo de Anne Frank, sim!!! Aquela do diário, que virou tema de um musical espanhol. Pelas imagens das fotos no jornal, me pareceu que a intenção foi retratar o período anterior ao holocausto na vida da Anne. Enfim, que coisa constrangedora pensar que arte não pode mais ser usada como uma forma de questionar a realidade. Imaginem, “não pode mais ser executada música de qualquer idioma que cita violência contra a mulher”, nunca mais vai tocar Hey Joe do Jimi Hendrix. “Não pode mais nenhuma encenação pública em espaço aberto ou fechado que lembre imagens de guerra”, The wall, nunca mais. E voltando ao Paulo Barros, me pergunto, para que serve o Carnaval?
Viva o sonho americano e a total falta de questionamento, aperte o play e seja feliz.
Dois fatos me fizeram ficar com uma certa raiva nesses dias. A censura do carro alegórico idealizado por Paulo Barros da Viradouro e algo que li essa manhã na página 2 do segundo caderno do O Globo, nesta sexta-feira, dia 8, matéria de Tom Leão, abre aspas: “-O holocausto não é um assunto que se deva representar num musical”, no caso Buddy Elias, de 82 anos, primo de Anne Frank, sim!!! Aquela do diário, que virou tema de um musical espanhol. Pelas imagens das fotos no jornal, me pareceu que a intenção foi retratar o período anterior ao holocausto na vida da Anne. Enfim, que coisa constrangedora pensar que arte não pode mais ser usada como uma forma de questionar a realidade. Imaginem, “não pode mais ser executada música de qualquer idioma que cita violência contra a mulher”, nunca mais vai tocar Hey Joe do Jimi Hendrix. “Não pode mais nenhuma encenação pública em espaço aberto ou fechado que lembre imagens de guerra”, The wall, nunca mais. E voltando ao Paulo Barros, me pergunto, para que serve o Carnaval?
Viva o sonho americano e a total falta de questionamento, aperte o play e seja feliz.