domingo, novembro 22, 2009

Deixe ela entrar

by.Queiroz



No tempo que vampiro cinzento leva bola nas costas da namorada que pega lobisomem bombado, que tal o romance entre um garoto de sofre de bulling no colégio e uma vampira com aparecia de 12 anos? Com a mesma simplicidade do argumento, a estória se desenrola de maneira convincente em Deixe ela entrar. A falta de dó com o telespectador ao demonstrar cenas de estrema violência, como as que Hakan (Per Ragnar) corta o pescoço de vítimas dependuradas para poder alimentar a vampira Eli, não diminui o filme em nada, afinal são belas cenas violentas, totalmente inseridas no contexto, nada gratuíto, pois na medida que o filme se despe de maneirimos como criar suspense com trilha sonora ou efeitos especiais extremamente sofisticados. Faz pouco mais faz bonito. Seguindo a risca antigas regras dos vampiros: Ser destruído pela luz do sol e nunca entrar em uma casa sem ser convidado, é convincente, mesmo que Eli não tenha presas pontudas. Na verdade sua pequena boca na maioria das vezes está fechada, quando lambuzada de sangue. Abre mão de qualquer referencia religiosa, limitando o vampiro a um ser diferente com muita fome. Senti que certa personagem que escapou viva de um ataque de Eli, poderia ter dado contornos bem interessantes ao filme, mas a idéia foi jogada ao fogo de pronto. E também o verdadeiro rosto de Eli, deu uma enfraquecida, no convencimento em relação à personagem, acho que a jovem Lina Leandersson poderia ter se virado bem sem o tal artifício. Vale falar da boa fotografia do pálido Kare Hedebrant na pele do garoto Oskar. Como vampiras na tenra idade assustam. Cabe a Deixe ela entrar ficar ao lado de Entrevista com o Vampiro na minha prateleira.

500 dias com ela

by.Queiroz




Sobre muitos filmes é possível dizer: “Nossa, esse filme conseguiu captar a essência da alma feminina”. Pega a mesma frase e troca a última palavra por masculina, e o que temos? 500 dias com ela. Há equivocadas declarações que já teriam conseguido isso em outras obras de ficção (Alta cof!! cof!! cof!! ...delidade), não mesmo, botar uma mulher chorona 90 % de uma filme está longe de alguém ter a pretensão de entender o nosso lado. A vitimização da mulherada tem sido uma tecla batida, por filmes mulherzinhas ao longo da História cinematográfica. Pela 2.ª vez, vejo um filme que consegue ser sincero em relação ao tema. O 1.ª seria o brasileiro Apenas o Fim. Mas, mesmo o Apenas, não vai tão fundo na compreensão da mágoa que uma mulher pode causar a um homem ao medir delimitações ao relacionamento. “Olha, gostei de você, mas não quero nada sério”, nossa imagina um homem dizendo isso para uma mulher no início de uma relação? A resposta seria: “Cortei logo” ou “Que insensível!!”, mas mulher está tudo bem. Por outro lado é muita pretensão de um cara, achar que uma mulher fará exatamente o que ele imagina. A cena que dividiu a tela em expectativa e realidade foi o maior golaço marcado nesse filme. E enxergar no espelho o Han Solo após uma noite de amor com aquela gata foi também demais. A cena em que o casal brinca num bazar que tem duas cozinhas em casa, todo no gestual fingindo estar servindo comida e sendo servido, demonstra o quão talentosos são os protagonistas. Mas, como uma boa comida, preparada pela sua bela esposa, achei que Webb acabou exagerando no sal em certo ponto ali pelo finalzinho. Em três cenas eu disse: ”Perfeito pode terminar aí”, mas, continuou. Não quero entregar mais spoilers, vai ser uma ótima pedida de DVD para os casais que não tiveram perto da sua casa exibido o filme, e para os solteiros que nem eu que tem um cinema perto de casa que está exibindo o filme, pode ir rapaz, você vai aprender muito, principalmente que Ringo Star é o melhor dos Beatles. Coisa tão óbvia.