sábado, agosto 15, 2009

Beat



ANOS LOUCOS

by.Queiroz


Courtney Love equilibrando um copo na sua cabeça e Kiefer Sutherland que hoje em dia é conhecido como o imbatível e implacável Jack Bauer com a mão tremula segurando uma arma, e volta a câmera para o bocão vermelho de Courtney que diz: “I dare you”. Entra no meu segundo lugar de cena inicial que envolve uma bela mulher e uma arma, perdendo só para a cena inicial de Kill Bill Vol.1. Mas, infelizmente, após a técnica que mais gosto em créditos que é incorporar o nome do elenco e técnicos de produção ao próprio cenário, algo também feito no nacional Durval Discos, mas o filme desce a ladeira de uma maneira assustadora com uma cena de violência e um enredo muito fraco. Pô, quando a Courtney falou Jack, O Kerouac, eu fiquei todo feliz porque é o meu preferido daquela galera ali. E o que mostra? Nada, absolutamente nada, sobre o mais cultuado dos beat. Sem dúvida os pontos altos de Anos Loucos ou Beat no original, é a presença do casal Burroughs, Joan (Courtney) e Bill (Kiefer). Kiefer deve ter se baseado em algum vídeo de Willian Burroughs, para mudar sua voz e sua maneira de ser para compor o jeito de ser do personagem, sempre vestido impecavelmente de terno e portando uma arma. Já Courtney, que sempre digo que é uma péssima cantora e ótima atriz e as pessoas acabam achando que estou trocando as bolas, mas nossa, que interpretação, que coisa brilhante em um filme tão ruim. Mas, o filme é tão ruim, que o significado dele só surge naquele texto final, na tela em preto. Que apelasse para narração em off ora, ou fizesse um filme surreal que nem o Todd Haynes fez com I'm not there, mas aquilo ali, ficou muito seco, para falar de ícones da cultura beat. Um filme ruim realmente, um DVD que não dispõe nos extras de making off com entrevista com elenco, mas um bom artigo de colecionador para um leitor de Tristessa e Livro dos Sonhos de Kerouac que nem eu.